Novo Banco

Onde estão as garantias <br>do «não custo?»

O PCP requereu a audição parlamentar da ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque e do governador do Banco de Portugal, para prestarem esclarecimentos sobre as garantias que deram de que não haveria prejuízo na resolução do BES.

«Torna-se cada vez mais importante compreender e exigir responsabilidades e esclarecimentos àqueles que prometeram aos portugueses que não iriam pagar um único tostão pela liquidação do BES», afirmou o deputado comunista Miguel Tiago, sublinhando lembrar-se bem de ter ouvido de «Carlos Costa, Maria Luís Albuquerque e até Cavaco Silva, várias vezes, garantias sobre o não custo para os portugueses desta solução».

O parlamentar do PCP falava no passado dia 25 em conferência de imprensa na AR onde anunciou esse pedido de esclarecimentos urgentes da sua bancada, formalizado na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.

Para o PCP, que tem agendada para amanhã, 3, a discussão em plenário de um projecto de resolução com vista à manutenção do Novo Banco na esfera pública e com nova estratégia, é «importante saber exactamente de que dados e informação dispunham aqueles responsáveis, que garantias tinham e de quem eram».

«É preciso saber o que os responsáveis da altura sabiam sobre o BES que lhes permitia dizer que não iria haver custos e compreender como foi conduzido o processo».

Partiu-se da aplicação de uma medida, dizendo-se que não envolveria capital público e que o banco seria vendido de forma compensatória. Os contribuintes estão hoje «confrontados com praticamente o oposto».

Miguel Tiago esclareceu, por outro lado, que importa «também clarificar a posição dos restantes partidos» sobre esta matéria.




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